quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Caça ao trabalho (a.k.a. job hunt)

Continuo a vir para a faculdade para poder usar a internet. Já pedimos para ter telefone e internet em casa, mas só nos vão fazer a ligação no dia 22.
Tenho-me dedicado exclusivamente a concorrer a trabalhos. Ontem enviei uma candidatura para uma organização internacional aqui em Londres, que procura um português para fazer uma pesquisa sobre os imigrantes do Brasil, Angola e Moçambique no Reino Unido; parece-me uma coisa muito gira, acho que tenho o perfil que eles pedem e a Margarida e o Chris ajudaram-me a escrever uma boa carta de apresentação, por isso espero mesmo conseguir este trabalho. Mas também tenho mandado CVs para agências de trabalho, e todos os dias vou respondendo a anúncios de emprego que recebo por mail ou vejo no jornal.

Em casa as coisas têm corrido bem. Quer dizer, tirando o facto de eu já estar um bocadinho farto de comer legumes cozidos... É que a religião da Nayan (Gujrati) leva a não-violência muito a sério, e por isso ela não pode comer carne nem peixe. Por isso cozinha sempre uma mistura de vegetais, e sempre picante! Muito saudável para a minha preguiça intestinal, mas muito sem graça também. Por duas vezes o Eduardo cozinhou galinha para lhe juntarmos, mas nem por isso fica mais interessante. Hoje ou amanhã, sem falta, vou fazer um bife com batatas fritas! E não quero voltar a passar pela vergonha de ontem: imaginem-me na fila do supermercado para pagar espinafres (orgânicos!), tofu (!!) e leite de côco... Socorro, não me quero tranformar num "orgânico"!!!
Como eu me mostrei desagradado por termos comido na segunda em frente à televisão, ontem voltámos para a mesa da cozinha, e valeu a pena, porque a conversa fluiu para discussões usuais mas sempre interessantes. Começámos pelo tema "casar ou viver junto?" e acabámos no aborto. E não é que a Nayan, que há dias ficou meio chocada por eu ter morto um insecto irritante que voava lá em casa, preferia abortar a trazer ao mundo uma criança sem ter dinheiro para a sustentar. Eu sei que são planos completamente diferentes e respeito opiniões diferentes da minha, mas lá que faz confusão, faz.
Tenho dormido no saco-cama. É que pela primeira vez na vida tenho uma cama de casal, mas não tenho lençóis para lá pôr. E como os posso trazer de casa em Outubro, não me está a apetecer comprá-los cá.
No próximo sábado vamos fazer a festa de inauguração, com música incluída. Promete!

1 comentário:

Anónimo disse...

enfim...aventuras de ter uma casa com amigos! se quiseres que os lençois vão passear para a terra do frio antes de irem para a terra do fog diz que não há problema!!!