Mundo, família e trabalho
1. É mesmo engraçado como o interesse da amizade me leva a tornar-me também interessado pela vida nos respectivos países, eu que toda a vida dei pouca atenção ao noticiário internacional.
Este domingo houve eleições na Ucrânia, cheias de irregularidades, e agora o País está em grande convulsão. Agora que conheço o Vitaliy, tenho acompanhado com preocupação a CNN e a BBC, primeiro a contagem dos votos em directo e agora as manifestações. Sinto a sua tristeza pela situação atrasada em que os políticos mantêm o seu país, e a esperança na abertura que o candidato da oposição prometera fazer.
Ontem à noite perguntei ao Eduardo como viveu os anos em que o Pinochet esteve no poder. Falou-me dos tumultos (e mortos) nas ruas perto da casa dele, os constantes cortes de energia e o glorioso plebiscito em que venceu o "no" à continuidade do General no poder (1989), uma transição tranquila que a oposição soube fazer.
E cada vez me sinto mais um "cidadão do mundo"!
2. Ontem à tarde estava aqui na biblioteca quando recebi um telefonema do Gustavo, um primo de 41 anos que vive na Holanda e trabalha na Shell. Disse-me que estava em Londres e convidou-me para jantar. Assim foi: um belo prato de carne (em Portugal, seria uma grelhada mista) e uma ainda melhor garrafa de vinho branco francês. Conversa fluente, apesar de mal nos conhecermos. Mas família é sempre família, e longe da Pátria ainda mais!
3. Faltam alguns minutos para eu fazer a minha terceira apresentação, desta vez sobre a influência da opinião pública na tomada de decisões políticas na área da saúde. Preparei o trabalho com uma russa e um francês (é gira esta cooperação internacional). Vou ter de falar uns 10 a 15 minutos, mas levo tudo escrito, o que seria impensável num trabalho em Portugal, mas aqui tem mesmo de ser, senão bloqueio! A adrenalina cresce...
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