terça-feira, 30 de novembro de 2004

Escrever

Sempre gostei de escrever. Desde as composições da escola primária, sobre a chegada da Primavera ou o ciclo da água, até aos diários intermitentes (regularidade é difícil) que toda a vida escrevi, realizo-me de alguma forma a deitar palavras cá para fora. Sempre senti a necessidade de deixar registo da vida que vai acontecendo; os primeiros sintomas desta minha mania surgiram aos cinco anos, quando fui parar ao psicólogo por apontar num caderno tudo o que fazia, com horas e minutos.
Nem sempre me consigo exprimir muito bem oralmente. Tal como na escrita, demoro um bocado a organizar o pensamento, não sou fluente. Consigo-me explicar, mas às vezes demora. E outras vezes simplesmente não tenho coragem de dizer algumas coisas pessoalmente, enquanto que através do papel (ou do ecran) "dói" menos. Por isso tento sempre pôr algo de mais pessoal nas cartas, mails ou dedicatórias.
A vinda para Londres permitiu-me juntar o útil ao agradável e criar este blog. Por um lado, mantinha os amigos e a família a par da minha estadia por cá, repartindo a responsabilidade de dar e procurar essas notícias; por outro, permitia-me escrever sobre a vida a partir do meu dia-a-dia, e assim dar-me a conhecer melhor.
Ainda assim, sinto que muitas vezes me restrinjo ao factual, que sou um bocado "seco". Mas fico contente por sentir desse lado algum feedback, pelas minhas contas devo ter uns 20 fiéis, e isso deixa-me muito contente. Até já há quem cá tenha chegado sem me conhecer...

Mas aterrando de novo na biblioteca da LSE...
O que me pedem agora é que escreva pequenos ensaios, de 5 páginas, sobre temas intessantes, como as desigualdades na saúde, o papel do sector voluntário na provisão de bem-estar social (welfare) ou a reforma da segurança social. É com base nestes textos, num exame para cada cadeira e numa dissertação final que vou ser avaliado aqui.
O exercício é bom, obriga-me a ler e estar a par dos principais argumentos da actualidade nestes campos, em que espero trabalhar dentro em breve (de volta à Pátria!).
Mas ao mesmo tempo é um bocado árido. Tenho de pegar nos resumos dos outros para fazer o meu próprio resumo (ou seja, escrever o mesmo por outras palavras), e depois acrescentar-lhe uma posição crítica, o que nem sempre é fácil.
Também me custa não ver um impacto muito imediato em todo este paleio, para além da formação de opinião crítica que um dia mais tarde possa pôr em favor da comunidade.
Não é como investigar a vacina para a malária nas grávidas (olá, Mafalda!) ou a transmissão neuronal das células cancerígenas (olá, Ana!) - não que eu fosse capaz de o fazer, porque as ciências naturais nunca foram o meu forte.
Mas há que acreditar que isto me vai fazer chegar onde quero, e de alguma forma fazer avançar o mundo.
Bem, agora que já adiei por uns minutos a outra escrita (a chata...), é hora de voltar aos livros!

domingo, 28 de novembro de 2004

Um serão português

Mais um domingo em Passfield Hall. O penúltimo antes das férias!
A tarde foi calma. Por falta de jogadores, hoje não houve partida de futebol. Depois de me deixar dormir para cima dos livros, optei pelo quarto do Eduardo para me tentar manter um pouco mais desperto, e escrevi um terço do primeiro essay.
Depois do jantar (que é como quem diz, às seis), fomos os dois à missa espanhola. "Saber que vendrás, saber que estarás, partiendo a los pobres tu pan", sempre bom ouvir este clássico internacional!
No final, resolvemos ir dar uma volta pela cidade. Fizemos primeiro a Oxford Street até ao fim; as lojas já estavam fechadas, depois de mais um fim-de-semana de intensa actividade. O objectivo era Notting Hill, que ele ainda não conhecia. Não era assim tão perto, mas o caminho fez-se bem. Ao chegar, percorremos a Portobello Road, local do mercado imortalizado pelo filme Notting Hill. Comentei que ali perto havia um supermercado e dois cafés portugueses, e fomos até lá espreitar. Tudo fechado, claro está, mas ao pé deles descobrimos a "Casa Santana". O nome fazia lembrar a política nacional, que não anda pelos seus melhores dias, mas a fotografia na ementa dava para entender que se tratava de um restaurante madeirense. Vi que tinham caldo verde, e as saudades falaram mais alto: entremos!
A televisão estava sintonizada na TVI, que mostrava imagens do Congresso do PCP. Expliquei ao Eduardo que no terceiro maior partido português (segundo as sondagens) ainda se gritam vivas ao marxismo-leninismo. E ele, perplexo: "Nooooo!!! That's insane!"
Entretanto lembrei-me que o Sporting devia estar a jogar por aquela hora, e perguntei se tinham SportTV. E assim ficámos a vibrar com o jogo, o Eduardo divertido com o nome do adversário (Moreirense, sendo que o apelido dele é Morera) e atento aos ataques do Pinilla, antigo jogador do seu clube (Universidad de Chile), e eu contente da vida pela goleada (mais uma!) que nos coloca a um ponto do Benfica.
Saímos, andámos uns 5 minutos e demos de caras com uma placa com letras garrafais a verde: "SPORTING". Abrimos a porta: mesas de jantar, um organista que canta "Vamos brindar com vinho verde..." e um casal a dançar - o típico clube de emigrantes. Fica para uma próxima oportunidade, quem sabe na próxima jornada...

sábado, 27 de novembro de 2004

Ibrahim

«Qualquer pessoa que cruze o nosso caminho pode revelar-nos algum aspecto importante do rosto de Deus. (...) De Deus somos sempre aprendizes e peregrinos e os nossos companheiros de peregrinação não são só os nossos irmãos na fé mas a humanidade inteira.»

As palavras são do Pe. Nuno Tovar de Lemos, no livro que lançou esta semana e que eu hoje recebi pelo correio (muito obrigado, Francisca!). E não podiam vir mais a propósito.
Ontem à noite fui ao pub do costume com o Eduardo e o Ibrahim. Só o conhecia da mesa de jantar, onde trocámos algumas piadas sobre a poligamia. É um turco de 24 anos, a fazer um LLM em Direito, pouco à vontade com o inglês (várias vezes se lamenta de não conseguir exprimir tudo o que queria). Levanta-se todos os dias às 5 ou 6 da manhã, não só porque estuda bastante mas também para fazer a primeira das 5 orações do dia.
Pedimos duas cervejas e uma Coca-Cola; para quem não sabe, os muçulmanos não podem beber álcool, nem comer porco.
Começa por nos falar da contradição que há na Turquia, onde 99% da população se diz islâmica mas são proibidos alguns sinais exteriores, como o véu islâmico das raparigas na escola. Dá um exemplo ainda mais estranho: um aluno do 12º ano, ao candidatar-se à universidade, vê a sua nota diminuída em 30% caso tenha estudado numa escola religiosa. Diz com pena que uma pessoa no seu país não pode afirmar livremente como muçulmana.
“Gosto de vocês, que são católicos; não temos a mesma religião, mas não importa, ambos adoramos um Deus. E fico contente por vocês por poderem dizer à vontade que são católicos nos vossos países.”
Fico surpreendido quando nos diz que os muçulmanos acreditam em Jesus, não como Filho de Deus mas como profeta (o segundo maior, depois de Maomé), e acreditam até que Ele veio para salvar toda a humanidade.
Perguntamos-lhe qual é a maior festa do ano para os muçulmanos. “É o Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão. Nesse dia matamos um animal em honra de Deus; depois, a tradição diz para ficarmos com um terço para a família e darmos um terço aos vizinhos e outro aos pobres. Mas normalmente acabamos por dar todo o animal aos pobres. Nós somos ricos, podemos comer carne quando quisermos. E se dermos aos pobres eu acredito que Deus fica mais contente.”
Pedimos a segunda cerveja. “Não queres outra Coca-Cola?” “Não, eu não vim para beber, vim mesmo só para conversar.”
O Eduardo comenta que a imagem que os ocidentais têm dos muçulmanos é a de um povo violento, disposto a matar em nome de Deus. O Ibrahim responde, com cara triste, que percebe essa ideia, que de facto há muitos muçulmanos que usam o nome de Deus para fazer as coisas mais terríveis, mas que não é essa a visão do Corão que ele professa.
A terceira e última rodada é paga por ele. “É uma tradição no meu País, gostamos de oferecer.”
Agora falamos sobre Londres e o custo de vida: “o que eu gosto mais aqui é poder aprender com outras pessoas, como vocês. Uma coisa é ler nos livros, e passado pouco tempo esquecer; outra é poder falar com as pessoas sobre a sua cultura.”
Diz-nos que não lhe importa o dinheiro e as coisas materiais, que tudo se vai quando morremos. “Nós somos corpo e alma. Agora eu gosto de estar na tua companhia. Mas se tu morresses, para mim não faria sentido, e seria até incómodo, estar num quarto com o teu corpo morto, porque a alma já não está lá.”
Voltamos para casa mais ricos. Eu volto mais crente e católico (= universal). E assim ganhei um amigo muçulmano.

terça-feira, 23 de novembro de 2004

Mundo, família e trabalho

1. É mesmo engraçado como o interesse da amizade me leva a tornar-me também interessado pela vida nos respectivos países, eu que toda a vida dei pouca atenção ao noticiário internacional.
Este domingo houve eleições na Ucrânia, cheias de irregularidades, e agora o País está em grande convulsão. Agora que conheço o Vitaliy, tenho acompanhado com preocupação a CNN e a BBC, primeiro a contagem dos votos em directo e agora as manifestações. Sinto a sua tristeza pela situação atrasada em que os políticos mantêm o seu país, e a esperança na abertura que o candidato da oposição prometera fazer.
Ontem à noite perguntei ao Eduardo como viveu os anos em que o Pinochet esteve no poder. Falou-me dos tumultos (e mortos) nas ruas perto da casa dele, os constantes cortes de energia e o glorioso plebiscito em que venceu o "no" à continuidade do General no poder (1989), uma transição tranquila que a oposição soube fazer.
E cada vez me sinto mais um "cidadão do mundo"!

2. Ontem à tarde estava aqui na biblioteca quando recebi um telefonema do Gustavo, um primo de 41 anos que vive na Holanda e trabalha na Shell. Disse-me que estava em Londres e convidou-me para jantar. Assim foi: um belo prato de carne (em Portugal, seria uma grelhada mista) e uma ainda melhor garrafa de vinho branco francês. Conversa fluente, apesar de mal nos conhecermos. Mas família é sempre família, e longe da Pátria ainda mais!

3. Faltam alguns minutos para eu fazer a minha terceira apresentação, desta vez sobre a influência da opinião pública na tomada de decisões políticas na área da saúde. Preparei o trabalho com uma russa e um francês (é gira esta cooperação internacional). Vou ter de falar uns 10 a 15 minutos, mas levo tudo escrito, o que seria impensável num trabalho em Portugal, mas aqui tem mesmo de ser, senão bloqueio! A adrenalina cresce...

sábado, 20 de novembro de 2004

Tio Tiago... again!!!

Acabei de saber que vou ser tio pela quarta vez! Estou eufo'rico!
Estava num computador da bibilioteca da Faculdade (sim, num sa'bado, vejam como ando aplicado...) e a minha irma deu-me a novidade. La' tive de verter uma lagriminha... ja' nao estava habituado a esta emocao!! Alias, faz agora 10 anos que soube que ia ser tio pela primeira vez; eram os anos da minha irma (como hoje) e eles contaram a toda a familia.
Vai nascer no fim de Junho ou principio de Julho, e eu vou ai, claro esta'!
Sera' menino, sera' menina?...

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Back to London

Que bem se está no campo! É o primeiro comentário que me ocorre depois deste fim-de-semana.
Sou mais uma pessoa de cidade, mas gostei mesmo de passar estes dias em Norwich, com a Piquita e o Miguel. Faz bem um pouco de calma para descansar da Big London.
Além de ter sido brindado com uma fantástica selecção de deliciosos manjares (galinha recheada, trutas grelhadas, salmão fumado com vieiras), consegui estudar melhor do que em Londres. E foi muito bom ver a Francisca e a irmã contentes pelo reencontro!
Ontem, para irmos à missa na capelania da Faculdade, tivemos de levar lanternas, porque o caminho é mesmo pelo meio do campo. No regresso, e no meio do escuro, estava um conjunto de pessoas mascaradas de soldados medievais; era um jogo organizado pela Faculdade, mas para nós foi um encontro algo sinistro.
Esteve bastante frio, mas céu sempre azul, e até sabe bem andar mais encasacado.
Agora vamos à Tate (antiga) e depois do jantar vamos ver O Fantasma da Ópera, ao que se seguirá uma ceia de castanhas e jeropiga (um São Martinho atrasado).

sábado, 13 de novembro de 2004

Tiago in Norwich

Escrevo da biblioteca da Faculdade de Norwich. Viemos passar o fim-de-semana com a irma da Francisca e o namorado, melhor dizendo, a Piquita e o Miguel. O campus aqui e' completamente diferente: uma grande zona relvada, com um lago no meio, e edificios modernos. A casa onde eles moram tem tambem um grande jardim onde passa um ribeiro. Aqui nao falta qualidade de vida.
Ontem de manhã estivemos na Faculdade, eu a ter aulas e a Francisca a ver coisas na biblioteca. Almoçámos com o Eduardo e à tarde fomos à Tate Modern. Ao chegarmos à residência para jantar, um susto: estava na casa-de-banho quando o alarme de incêndio disparou. "Mais uma simulacao", pensei eu. Mas nao! Apareceram quatro carros de bombeiros, fumo, toda a gente na rua... Ao que parece, foi qualquer coisa numa das cozinhas. Passámos quase 2 horas ao frio (eu estava de T-shirt, porque ia descer para jantar), até que por fim lá nos deixaram entrar. Fazer as malas à pressa, e lá fomos nós apanhar o autocarro. Dormimos a viagem toda.
No dia em que a Francisca chegou, ainda fomos a uma festa latino-americana na Faculdade, acho que foi uma optima forma de comecar! Muitos sucessos hispanicos, muita danca...

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Sol again?

É verdade! Não sei se é por chegar a Francisca, mas hoje está sol de novo, e ainda mais forte!Ontem fui comprar bilhetes para o Fantasma da Ópera (vamos segunda) e passei pelas iluminações de Natal, por isso aqui deixo a prometida fotografia.
Depois de jantar tive a minha "despedida de solteiro". Fui a um pub aqui perto, com o Eduardo, o Roberto e o Vitaliy, e brindámos às nossas namoradas.
Hoje, antes de ir buscar a Chica, vou a uma festa da sociedade Latino-Americana, que inclui uma aula de salsa! Isto é como estar no mundo todo ao mesmo tempo!
E o Arafat lá morreu...

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Sol!

Tudo parece diferente quando acordo e o sol está radioso! Como hoje! A minha janela dá para nascente, por isso o sol entra pelo quarto com toda a força, e engana-me: saio com menos agasalhos para a rua, e logo vejo que não está assim tanto calor...
Ao anoitecer, a temperatura já está baixa, talvez 5 a 10 graus, e para o fim-de-semana prevê-se que baixe ainda mais.
As luzes de Natal já se acenderam na Regent Street (quando lá passar tiro fotografia para pôr aqui) e a maior parte das montras já estão enfeitadas.
Em Passfield, pululam os cartazes para as eleições do Comité, que vão ser no próximo domingo. Presidente, tesoureiro, responsável do bar, representante dos pós-graduados, há vários cargos a concurso. Os candidatos vão metendo conversa na sala de jantar, e no final fica sempre o "não te esqueças de votar em mim".
Hoje não tenho aulas, vou ficar a ler sobre saúde e segurança social. Quero adiantar o mais possível os trabalhos, porque a Francisca chega amanhã.

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Hello from London!



Os dias continuam super preenchidos. Nao quero dar a imagem de quem so' se diverte, porque pelo meio tambe'm ha' muita leitura e preparacao de trabalhos (no horario de expediente!). Sexta de manha tive a minha segunda apresentacao, sobre as desigualdades entre paises ricos e pobres, e desta vez o ingles ja' me saiu um pouco melhor.
Sexta e sa'bado fizemos serao na cozinha. 'A boa maneira portuguesa, nada como um bom petisco: chourico de Barrancos num dia, pizza no outro.
Em ambos as noites houve fogo de artificio por toda a cidade. Era o Guy Fawkes, um dia em que eles recordam uma tentativa falhada de deitar fogo 'as Houses of Parliament, por um grupo de conspiradores cato'licos (na altura era proibido o culto catolico aqui em Inglaterra).
Na sexta esteve ca' a Sofia Graca (da minha turma de Direito) e fomos a um concerto do Caetano Veloso, no Barbican Centre. Claro que Caetano e' sempre Caetano, e a sua presenca em palco e' muito forte, mas ele quase so' cantou o u'ltimo a'lbum, que e' de versoes de mu'sicas americanas. Ainda assim, valeu a pena!
Sa'bado fomos conhecer Greenwich, uma vila junto do Tamisa, a leste de Londres, onde passa o famoso meridiano que assinala o fuso hora'rio. Como bons turistas, nao nos esquiva'mos a tirar a fotografia da praxe, com um pe' de cada lado...
A Mafalda foi embora domingo de manha, depois de ter conquistado o coracao dos meus amigos. E acho que ela tambem partiu daqui conquistada!
Ontem 'a noite fiquei 'a conversa com o Eduardo. Quem me conhece melhor sabe como estes seroes me preenchem. Temos pensado muito em conjunto sobre a vida, os nossos projectos, familia e amigos. Tinha-o convidado para ir passar as ferias de Natal a Portugal, e ele vai! Estou mesmo contente e acho que tambem vao gostar de o conhecer!
Agora vou voltar para casa (quando escrevo sem acentos e' porque estou na biblioteca). Depois de jantar vou com a Ana Magalhaes ver o Porto-Sporting para o Cafe' Estrela! E que ganhe o Sporting, claro!

quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Passfield Idols


Caros amigos fiéis do blog (eu sei que há 1 ou 2...), antes de mais, desculpem a falta de novidades. Tenho tido visitas, trabalho para fazer e vida social.
Ontem fizeram no bar da residência uma espécie de Chuva de Estrelas, e eu fui lá marcar presença. Cantei "Somewhere Only We Know", dos Keane, mas não me saí muito bem... foi razoável. Mas gosto de participar, e sempre é uma forma de conhecer mais pessoas!
O Artur deve estar por esta altura em Praga. Foi óptimo estar cá com ele! Sábado fomos a 2 mercados (Camden e Notting Hill) e demos uma "estafa" a um amigo guatemalteco; a nossa "pedalada" não é para todos... Depois descobrimos um supermercado português, e comprámos chouriços e vinho tinto, com os quais fizemos um belo serão aqui na residência, com o Eduardo e o Vitaliy.
No domingo chegou a Mafalda e fomos almoçar a casa da Margarida. Um típico almoço inglês, muito bem cozinhado pelo Chris: carne de porco assada, batatas, vegetais e pudding, e apple pie! Ainda fomos conhecer a casa nova da Ana Magalhães (mesmo colada ao estádio do Chelsea!) e encontrámo-nos com a Rita Falcão em plena Oxford Street. Como a Ana Sofia me tinha mandado um "kit gastronómico português", fizemos uma ceia aqui no quarto, foi muito giro mostrar aos estrangeiros como são bons os ovos moles, os bolos, o queijo e o Sumol laranja!!!
Segunda eu fiquei a estudar, eles os dois a passear, e à noite fomos ao pub fazer a despedida do Artur. Ontem e hoje fiquei pela biblioteca a preparar uma apresentação para sexta-feira, enquanto a Mafalda andou a visitar instituições de sem-abrigo aqui.
Hoje vou assistir a uma conferência sobre o conflito israelo-palestiniano e depois vamos a uma festa brasileira lá na faculdade!
Como podem ver, a vida não corre mal...