sábado, 23 de dezembro de 2006

A chegar a Lisboa...

Tem sempre a sua pinta escrever um post em pleno ar!
É uma e meia da manhã, acho que nunca voei tão tarde. Acabaram por ser quatro horas à seca no aeroporto, mais uma dentro do avião à espera para levantar. Se por um lado ia com a curiosidade jornalística de ver "por dentro" a notícia que tinha feito as manchetes nos últimos 2 dias, rapidamente perdi a paciência. Mas enfim, neste momento já sobrevôo território nacional e aguardam-me 10 dias de sol, apesar do frio.
Pela segunda vez, o Eduardo vai passar o Natal connosco. Quero aproveitar a oportunidade para fazer algum turismo em Lisboa e para conhecer alguns lugares onde nunca fui (como o Lux!). Tenho também especial curiosidade em reencontrar alguns amigos que já não vejo há mais tempo, como o João Ascensão, recém regressado de Xangai, ou a Mafalda da Dinamarca. E os outros também, claro!
E é sempre bom regressar a casa dos Pais, brincar com os sobrinhos, encher o estômago com as hiper-calóricas iguarias de Natal, ir à missa na minha comunidade, pôr-me a par das novidades do MSV (a propósito, convido-vos a colaborar na campanha de Natal da RFM ou da IOL), ver o mar e o que resta da praia, conduzir o meu "BB",
Não prometo muitos posts nestes dias, mas em todo o caso vão dando uma espreitadela.
Um Santo Natal para todos os leitores!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Post telegráfico

Aeroporto de Heathrow - stop - faltam 2 minutos para ficar sem internet - stop - vôo atrasado 3 horas, só chego a Lisboa à uma da manhã - stop - muita gente nas filas para os check-ins, funcionários a oferecerem bebidas quentes, batatas fritas e bolachas à entrada, foi simpático - stop - avisos de voos cancelados, para Alemanha e Suiça, o que irá fazer esta gente? - stop - aqui vou eu... ate já em Portugal!!!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Quase Natal

Desculpem a minha ausência do blog. Tenho andado simultaneamente ocupado e preguiçoso, e o contar dos dias para ir de férias, à mistura com a lista mental de coisas a tratar até então, tem-me ocupado a cabeça. Mas chegou a hora de voltar à escrita!

Primeiro tenho de vos contar que tive o almoço de Natal do trabalho. É bom ser em tempo de trabalho - nada como estar a ser pago para comer e beber à borla -, mas é um bocado estranho ser tudo tão cedo: aperitivos ao meio-dia, tudo na mesa a apitar línguas-da-sogra à uma, e às duas e picos, já de barriga cheia, tudo a dançar músicas com cheiro a naftalina. E às cinco da tarde está a festa terminada (nem na primária era tão cedo!), no meio de alguns excessos, sobretudo dos homens de meia idade.
Do almoço no Marriott seguimos para um pub, onde já deu para ter algumas conversas mais interessantes. Teve piada sobretudo falar com 2 colegas de origem polaca: a minha chefa (vice-directora), uma conversadora lésbica de bigode, com quem acabo sempre a discutir religião, e um tipo casado e pai de 8 filhos, que me esteve a contar quando foi de bicicleta a Fátima (desde o norte de Espanha) e que até me queria apresentar uma das filhas. Enfim...

Tem sido também tempo de experiências gastronónicas. Para além das quiches e bolos de maçã (as minhas pièces de résistance), aventurei-me a fazer o típico "sausages and mash" (salsichas com puré) e para os anos do Eduardo preparei bacalhau à Brás e não saiu nada mal. Continuo meio atabalhoado, sobretudo quando é preciso "multi-task", mas cá me ajeito!

Pela primeira vez na vida, consegui terminar as compras de Natal uma semana antes da data. Sempre fui adepto da pressão de última hora, mas este ano preferi evitar o risco de asfixia nas lojas da Oxford Street e comprei tudo mais cedo. Optei até por mandar vir algumas coisas pela Amazon, o que foi um descanso. Tudo somado, e com várias encomendas de outras pessoas, levo alguns quilinhos a mais, mas como é Natal, ninguém leva a mal! Isto se me deixarem ir...

Ah pois, é emoção até ao fim! O nevoeiro resolveu descer em força sobre a cidade, o que tem provocado o cancelamento de vários vôos. Incluindo alguns da TAP para Lisboa. E os que chegam a partir, têm ido com várias horas de atraso. Mas estou confiante que amanhã vai correr tudo bem, e lá para as 10h15 da noite - ou provavelmente bem mais tarde - aí estou eu para passar o Natal no aconchego da família.

E se por aqui não faltam nas ruas as iluminações de Natal (e ainda assim, prefiro as nossas!), bem mais difícil é encontrar os símbolos do verdadeiro Natal - o nascimento de Cristo! Um jornal analisou os cartões de Natal que se vendiam numa das principais lojas e só 1% tinha alguma alusão religiosa. E mesmo a expressão "merry Christmas" é cada vez mais substituída por un insosso "season greetings". Uns dizem que é para não "ofender" as outras religiões, mas no fundo é apenas uma maneira de ir apagando as marcas da religião. Nada de novo em 2 mil anos de História - e ainda cá estamos para as curvas!
É apenas mais um sinal, a somar a vários outros que vejo nos jornais ou pelos meus próprios olhos, de que a Inglaterra é um óptimo país para trabalhar e ganhar algum conforto material, mas não é de todo um sítio onde eu gostaria de ver crescer os meus filhos.

Brrr, está frio! São cinco da tarde e está 1ºC, imaginem mais à noite... Tem-me valido o meu Duffy, um blusão de penas que foi um capricho dos meus 13 anos, e que agora repesquei do armário - nada como o anonimato da grande urbe para se poder usar coisas fora de moda! E com a sensação de trazer o edredon às costas, dou-me ao luxo de vestir manga curta por baixo, porque entre quatro paredes tudo é aquecido.

É quase Natal!!!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Memórias do Palácio Foz

Há 3 anos atrás estava a trabalhar num palácio. Nada mau para primeiro emprego, ir logo parar a um palácio, mais precisamente o Palácio Foz, nos Restauradores.
Tinha acabado o curso de Direito há pouco e sabia que não queria fazer o estágio. Depois de passar o Verão a fazer voluntariado no Brasil, tinha vindo com a ideia romântica de fazer um "gap year" entre voluntariado, cursos e actividades paralelas, um ou outro biscate para me aguentar, e muita meditação sobre a vida. Mas ao mesmo tempo estava em marcha a minha candidatura para Londres, e rapidamente me apercebi que não havia bolsa que me valesse e que por isso ia ter de me esmifrar para conseguir juntar o máximo de dinheiro possível.
Foi nessa altura que este trabalho me caiu do céu. Havia um pico de serviço na CCPJ, a comissão onde se passam as carteiras profissionais dos jornalistas, e precisavam de alguém para ajudar no trabalho burocrático. Cada tolo tem a sua mania e eu sempre gostei de papelada, por isso não foi sacrifício nenhum passar 3 meses a inserir dados no computador, arquivar pastas e registar a correspondência. Passaram-me pelas mãos os processos de várias figuras famosas, mas de longe o mais importante foi o da minha amiga Joana.
Tinha um gabinete pequenino, com uma secretária de madeira escura e pesada, um computador e várias pilhas de papéis. Ah, e mais importante que tudo: um carimbo! E enquanto que aí estava, quase sempre ia ouvindo música.
Outro factor que ajudava era a companhia: a Mara, a Sandra, a Marília e a Fátima - estava rodeado de mulheres! Dávamo-nos muito bem e havia sempre ocasião para uma piada ou dois dedos de conversa. Também iam passando por lá um juiz e alguns jornalistas séniores, porque havia processos deontológicos a decidir, e tinha piada ir ouvindo essas conversas também. E podia almoçar no bar dos funcionários por tuta e meia! Mas bom, bom, foi o almoço de Natal no Solar dos Presuntos!
Mas a cereja em cima do bolo era a localização. Além do excelente acesso de transportes, estava na zona mais bonita de Lisboa. A luz do sol reflectida nos prédios da Baixa é algo muito especial! E poder subir o Chiado na hora de almoço, ir ver lojas ou encontrar-me com algum amigo, era um verdadeiro privilégio. Espero um dia (em breve?) voltar a trabalhar para aqueles lados.
Não sei porque me lembrei disto hoje. Talvez porque era mais confortável - sempre a lei do menor esforço - inserir nomes e moradas num computador do que ter a meu cargo um "impact assessment" sobre "anti-social behaviour" (pode ser que explique o que é isto noutro post). Ou talvez porque já vou sonhando com o passeio que hei-de dar por essas bandas daqui a 2 semanas...

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Vigilias

Nada me tira o sono, só mesmo a noite. Temos uma relação especial desde que me lembro de mim.

Em miúdo era mais o desafio de ficar a ver televisão até tarde, quando chegavam os programas mais giros. Felizmente o Vitinho nunca mandou muito lá em casa, nem eu percebia como os meus colegas da escola conseguiam ir para a cama às nove da noite. Lembro-me de argumentar que oito horas de sono bastavam e de calcular a hora da deita em função do despertador. É possível que hoje os meus Pais se arrependam de ter ido na minha cantiga - a minha Mãe despede-se ao telefone com um "deita-te cedinho", e o meu Pai tem medo que eu um dia destes "rebente" -, mas no fundo já sabem o que a casa gasta. E não sou o único lá em casa, é costume telefonar ao meu irmão para lá da uma da manhã e ficarmos um bom bocado à conversa.

Com a adolescência, a noite ganhou um fascínio ainda maior. Era tempo de começar a sair à noite e a passar férias com os amigos. Tempo de rir e de dançar, e de ter conversa suficiente para preencher uma directa. Mas mesmo sem chegar a esse exagero, a noite sempre foi a altura ideal para a conversa fluir cá de dentro. Não é à toa que ainda tenho bem vivo na memória muito do que se disse junto a uma fonte na Vermelha ou sob o céu irrepetível do Gerês. Tal como, um pouco mais tarde, as conversas em código de Martinlongo ou a espera pelo nascer do sol no Morro de São Paulo. E guardo no meu currículo pessoal, esse que nos realiza mais que qualquer curso ou emprego, momentos-chave onde o simples facto de eu estar acordado a desoras foi apoio suficiente para quem precisava de manter-se em contacto com a vida, ou de uma voz de confiança para voltar à calma. E para mim tem sido essencial ter do outro lado da linha quem me ouça sem se cansar e me ajude a pôr em ordem tudo o que vai cá dentro. Se é muitas vezes à noite que todos nos confrontamos com a solidão, eu prefiro não ter de a enfrentar sozinho!

Mas o que há de tão atraente na noite, para me fazer quebrar dia após dia a promessa de me tornar um rapaz disciplinado? É este silêncio, apenas cortado pelo ruído do frigorífico e pelos sons de quem já dorme. Enquanto de dia estamos sempre entalados entre uma tarefa e outra, à noite é mais difícil haver alguma coisa que nos interrompa. E a falta de distracções deixa-me o espaço livre para organizar as ideias, mastigar as notícias, ler o que me apetecer, e escrever. Noutro plano, não deve ser por acaso que as vigílias são momentos privilegiados de oração - veja-se o Natal e a Páscoa.

Só gostava que a noite tivesse mais horas. Para permitir aos dorminhocos mais horas de doce remanso e aos morcegos, sobretudo os que não podem dormir durante o dia, mais tempo de descanso. Porque com o passar dos anos a resistência vai baixando e pago o preço durante o dia.
Agora vou dormir. Por ser preciso, nunca por chegar ao fim.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Contagem decrescente

Faltam já menos de 2 semanas para estar de férias! Sabe sempre bem ir a casa, mas desta vez a curiosidade maior vai para os avanços do meu sobrinho, que desde o Verão aprendeu a andar e a falar.
Este fim-de-semana foi tempo de começar as compras. Com a família a crescer e a tradição de presentear alguns amigos, todos os anos me cabe comprar umas 20 prendas. Tarefa morosa, mas cumprida com gosto, e este ano parece que vou conseguir ser um pouco mais eficiente.
Impressionante foi a invasão dos espanhóis a Londres neste fim-de-semana! Nas ruas de maior comércio, na zona do British Museum (onde há mais hotéis) e nos autocarros, por todo o lado se escutavam as famílias dos nuestros hermanos.

Ontem foi dia de festa estilo "traz outro amigo também". Recebi o convite pela Maria, já em "terceira geração", e cheguei à festa sem saber de quem era a casa. Acabei por encontrar por lá várias pessoas que já conhecia de outras paragens, sobretudo o bem apetrechado lóbi dos biólogos. Para além dos compatriotas, a festa estava cheia de "personagens", malta que compra a sua roupa em lojas de segunda mão e que parece saída de uma máquina do tempo. Apesar de um ou outro pormenor mais burlesco e do frio que apanhámos no regresso, a música e a companhia valeram bem a pena!

E lá morreu finalmente o Pinochet. Como perceberão, apesar de já esperada foi notícia para ter algum impacto cá em casa. Pena não ter sido possível julgá-lo em vida, mas ao menos que agora a sua sombra deixe de pairar sobre alguns espíritos ainda inquietos. Sejamos de esquerda ou de direita, e mesmo que o seu mandato tenha tido uma ou outra coisa positiva, não há justificação possível para matar e torturar.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Pai Natal e jornalista

Hoje senti-me por momentos o Pai Natal: mandei um cheque de £100 (€150) a cinco pessoas.
Passo a explicar. Há uns meses enviámos uns inquéritos para os moradores da associação preencherem com os seus dados pessoais, a fim de melhorarmos a nossa base de dados que é muito fraquinha. Dos 3300, recebemos 800 de volta, o que não foi nada mau para uma coisa deste género. E isto deveu-se, suponho eu, aos 5 prémios de £100 que prometemos sortear entre os que respondessem. Pois bem, fizemos o sorteio e fui eu que telefonei às vencedoras (5 senhoras, quase todas na casa dos vintes e com filhos) a dar a notícia - fez-me lembrar o António Sala e o Jogo da Mala! Claro que não é nada que lhes vá mudar a vida, mas sempre é uma boa ajuda para esta época de maiores gastos.
Neste momento tenho estes 800 inquéritos na minha secretária. Mandou-se um mail a todos os trabalhadores, a perguntar se alguém se oferecia para inserir os dados no computador, em horas extraordinárias pagas 50% acima do horário normal. E é claro que eu me ofereci!

Outra novidade: vou fazer um mini-curso de jornalismo. Era a carreira que eu pensava seguir aos 18 anos, quando entrei para Direito, mas depois acabei por desviar-me. Pensando agora, acho que não teria gostado muito de andar atrás das notícias (ou será que sim?), mas o bichinho de querer escrever artigos de fundo continuou por cá, e este blog é em parte fruto disso.
Em conversa com um colega de trabalho, ele recomendou-me uns cursos da City University e hoje inscrevi-me num deles: chama-se "Writing Freelance Articles" e vai durar 10 semanas, de Janeiro a Março, às segundas ao fim da tarde. São poucas aulas mas vou ter muito que aprender e praticar - vai ser mais uma bela maneira de capitalizar a estadia nesta cidade.
Depois de um ano em que fiz muito pouco, neste ano estou apostado em aproveitar ao máximo a oferta incrível de Londres. Para poder regressar com mais trunfos na bagagem...

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Christmas carols

Ontem foi de novo dia de cantorias. Desta vez músicas de Natal, a lembrar que a data se aproxima a passos largos.
O Barclays dava uma festa para os seus melhores clientes, e para isso tinha reservado um dos mais requintados armazéns: o Liberty's, na Regent Street. E graças a uma inside connection, contrataram o coro para ir lá cantar.
Bastou só um ensaio, e curto, para afinar os pormenores - que para os ingleses, habituados a cantar as mesmas músicas todos os anos, aquilo era peanuts. Mas para mim, nem tanto! Conhecia algumas melodias, outras não, e acertar com as letras?...
E para dar um bocado mais de graça à coisa, os livros por onde cantávamos eram da Chapel Royal (a capela da Raínha), onde o nosso maestro é o organista.

Já tinha estado no Liberty's antes, mas nunca tinha passado dos andares de baixo. No último andar, onde era a festa, estão os produtos de decoração, e era só móveis e candeeiros a custar alguns milhares de libras. Um banco de plástico, mas "design", custava £450. E por ali andavam os convidados, todos com ar de quem tem muito papel.
A pressão não era muita: éramos apenas "música de fundo" e o reportório não tinha nada de complicado, deu até para nos aventurarmos por cânticos que nunca tínhamos ensaiado. Mas acho que estávamos todos mais divertidos com o glamour do local, com o champanhe e canapés à borla, com a prova de chocolate...
Deu até para gravar 2 músicas no telemóvel. A qualidade não está muito boa mas vou pô-las aqui mais tarde (está aberta a concorrência ao blog do Rui: "o meu coro é melhor que o teu e o meu pai é polícia!").
E também deu para meter conversa com algumas pessoas do coro. O John, um senhor mais velho, que depois de se reformar de uma vida como engenheiro na British Telecom, andou a conduzir autocarros em Londres durante 4 anos. O Bob, cantor profissional que dá 200 concertos por ano por esse mundo fora, mas que acha divertido juntar-se ao nosso coro de vez em quando; ficou surpreendido quando eu lhe disse que era o primeiro coro em que participava e contou-me de um concerto que deu no Montijo este Verão, com direito a conhecer o nosso guardião Ricardo no final.
E foi tudo por este ano. O coro retoma em Janeiro.

Orientalissimo

O Diogo andou por cá este fim-de-semana. Veio com a irmã Mariana e ficou em casa da prima Mariana - mais uma pessoa que eu conhecia do mundo dos blogues e que gostei ainda mais de conhecer ao vivo.
Encontrámo-nos para jantar na sexta. Num restaurante chinês, onde o Diogo pôde praticar com os empregados o vocabulário que aprendeu no Império do Meio - e dava para notar que falava com o mais puro sotaque shantounês! Connosco esteve também a Maria Albino, colega de escola do Diogo e agora minha amiga também. E ainda apareceram umas amigas "bifas" que ele tinha conhecido em Oxford.
No sábado, com os mesmos convivas e depois de umas pints para aquecer, fomos jantar a um japonês no Soho (Taro, 10 Old Compton Street - recomenda-se!). E daí seguimos para um bar junto da Leicester Square (Waxy O'Connor's, 14 Rupert Street), com uma decoração original e boa música!
No fundo, uma das grandes vantagens de Londres é estar à mão de semear, o que possibilita mais visitas desde Portugal. E estes encontros que se proporcionam tornam a estadia cá ainda mais interessante. Como interessante é acabar a noite a comer profiteroles do Tesco na Trafalgar Square...

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

O mundo é MUITO pequeno

Ontem foram os anos da Marcela, irmã da Catalina, e ela convidou-me para ir jantar a um restaurante tailandês. Apesar de não conhecer bem ninguém do grupo, é claro que fui e não me arrependi! Para além dos colombianos, que são sempre boa companhia, havia uma alemã (que falava espanhol) e uma brasileira.
A brasileira chama-se Isabel e estuda com a Marcela. Já era a segunda vez que nos encontrávamos. Ela estava-me a dizer que tinha muita curiosidade em conhecer Portugal e que tinha lá vários amigos. "Uma das minhas amigas portuguesas até esteve em minha casa em São Paulo. Ela estava fazendo um mestrado em Lisboa e foi fazer uma parte lá no Brasil, ficou 3 meses." E aqui soou uma campaínha na minha cabeça.
- O que é que ela estava a estudar?, perguntei.
- Engenharia...
- Por acaso não se chama Constança?
E era! De repente, a Isabel deixou de ser apenas a colega brasileira da Marcela, para passar a ser a Béu, que aparecia em várias fotografias do blog que a Constança escrevia no Brasil (claro que fui logo ver quando cheguei a casa).
E como a Constança, que até já me veio visitar este ano, também fazia anos ontem, tentámos várias vezes telefonar-lhe para fazer a surpresa ("sabes com quem estou?"), mas por azar ela nunca atendeu.
Afinal não é só Portugal que é muito pequeno, é o mundo!