quarta-feira, 28 de junho de 2006

Há gajos com sorte...

Já não bastava ir hoje de viagem. Já não bastava ir passar um dia em training fora do meu escritório, a aprender a usar um programa de computador e com perspectivas de sair mais cedo, como acontece em todos os trainings.
Vim com as malas desde casa até ao local do training. Cheguei cá e disseram-me que a pessoa que vinha ensinar tinha perdido o avião em Edimburgo (não sei porque mandaram vir alguém de tão longe!). O meu manager perguntou-me se eu tinha alguma coisa de muito importante a fazer hoje - e o nosso escritório fica a 10 minutos daqui! - ou se preferia pegar nas malas e ir para casa. I love this guy! E aqui vou eu...

terça-feira, 27 de junho de 2006

O plano das férias

Aqui fica o resumo do programa:
- Quarta, 28: avião para New York.
- Quinta, 29: avião para Bogotá e outro de Bogotá para Medellin.
- Sexta, 30: passeio pelos parques e museus da cidade.
- Sábado, 1: Portugal-Inglaterra, seguido de passeio pelos arredores.
- Domingo, 2: avião para Bogotá, almoço, passeio e borga com os noivos.
- Segunda, 3: turismo pelo centro de Bogotá e avião para Cartagena ao fim do dia.
- Terça, 4: passear pela cidade e praia.
- Quarta, 5: visita às paradisíacas Islas del Rosario, com tudo a que se tem direito! Portugal-Brasil para as meias-finais?
- Quinta, 6: manhã em Cartagena, avião para Bogotá e "festa de entrega dos presentes" em casa da Catalina.
- Sexta, 7: passeio pelos arredores de Bogotá.
- Sábado, 8: casório!!!
- Domingo, 9: ress... relax e final do mundial.
- Segunda, 10: avião para New York.
- Até domingo, 16: turismo em NY!

Não vou ter telemóvel mas vou vendo os emails. E sempre que possível deixarei por aqui umas fotografias. Até breve!

É a vida, é bonita e é bonita

Tenho andado com esta música na cabeça desde o concerto da Ivete.

O que é o que é
(Gonzaguinha)

Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita

E a vida
E a vida o que é diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão, ê ô
Mas e a vida
Ela é maravida ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é, o que é, meu irmão

Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo
É uma gota é um tempo que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Vinte mil!

Este blog acabou de receber o seu visitante número 20.000! A contagem só começou em Julho de 2005, quando pus o contador, mas o blog já existe desde Setembro de 2004. Nas últimas semanas as audiências têm subido, com uma média de 100 visitas por dia.
As visitas foram feitas sobretudo a partir de Portugal (69.2%), Reino Unido (13%) e Dinamarca (3.3% - obrigado Mafalda!). A seguir aparecem os EUA (2.5%), Brasil (2.1%), Holanda (1.4%), França (1.2%) e Colômbia (0.8%). Também me sinto honrado por ter tido algumas visitas de lugares como os Emiratos Árabes Unidos ou a Malásia.
As horas com mais visitas são as horas de trabalho, em que sabe bem fazer uma pausa para ir espreitar os blogs. Já os sábados são uma tristeza, pouca gente vem cá ver.
Obrigado a todos os que por aqui passam! Prometo esforçar-me por fazer mais e melhor!

Rescaldo

Tenho recebido muitos comentários ao jogo de ontem, aqui no emprego. Sobretudo em relação ao número de cartões e ao facto de irmos defrontar a Inglaterra. O Chief Executive perguntou-me se nos sobravam jogadores suficientes para o próximo jogo. E várias pessoas que eu julgava não ligarem ao futebol vieram dar-me os parabéns. Enfim, é o máximo da sociabilidade que por aqui se consegue, mas já fico contente por isso!
Só o meu manager, que foi muito porreiro na semana passada em ter-me deixado sair antes das 3h para ver o Portugal-México, é que me perguntou quando chegou: "Quando é que ficou ontem o jogo?" Desculpem o meu fanatismo, mas como é possível nestes dias não ligar ao futebol?

Venha a Inglaterra!

Ao quarto jogo parece que acertámos no sítio. Fomos até Stockwell, a zona onde há a maior comunidade portuguesa em Londres. Quando chegámos ao Café Estrela, não havia dúvidas: as cores da bandeira nacional dominavam, num passeio repleto de gente a ver os ecrãs que o café pusera do lado de fora. Havia até alguns polícias destacados para controlar eventuais desacatos.
Ao início, tudo a cantar o hino a plenos pulmões. E com poucos minutos de jogo, a explosão de alegria com o golo de Portugal. O resto do tempo foi puro sofrimento, com o árbitro a abusar dos cartões e os jogadores a perderem a cabeça.
Mas o melhor estava guardado para depois do apito final. Às muitas pessoas que já estavam nas ruas, juntaram-se muitos carros engalanados com bandeiras, a fazer uso e abuso das suas buzinas. Mas quando digo muitos, são muitos mesmo! E cheguei até a ver um carro da polícia a buzinar também! Uma festa com a mesma intensidade que veríamos nas ruas do nosso país. E tudo muito pacífico, só a fazer barulho, agitar bandeiras, saudar os outros, nada dos comportamentos exageradamente alcoólicos que caracterizam os festejos dos ingleses.
Teria graça estar cá para o próximo jogo e poder fazer a festa (numa perspectiva optimista) na terra do adversário. Mas estarei a vibrar também em boa companhia, do outro lado do Atlântico.
Força Portugal!

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Levantou poeira

Foram duas horas de concerto, numa sala pequena mas repleta de gente que nunca se escusou a tirar o pé do chão! Eram quase só brasileiros, que até tiveram direito a uma versão reggae do seu hino. E para agradar aos ingleses, que também os havia, ela cantou o Imagine do John Lennon.
Os que estavam mais perto do palco não paravam de lhe atirar presentes (bandeiras, camisolas, e até um peluche) e tirar fotografias. A certa altura, a Ivete foi pegando em mais de 10 máquinas e foi tirando auto-retratos no palco - 20 valores em interacção com o público!
As músicas da Banda Eva "ainda mexem" e ela cantou quase todo o CD que foi um sucesso de vendas daquela banda. Aliás, eu acho que a Ivete é uma artista mais virada para os concertos do que para fazer muitos CDs novos, porque a maioria das canções já tinham uns aninhos. Mas era mesmo isso que a malta queria: a Festa e o Pererê (a lembrar a viagem de finalistas), a Poeira, a Flor do Reggae, e ainda a balada Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim. Foi MUITO giro!
O Eduardo e a Nayan também gostaram muito e no final estávamos com o cansaço de quem sai de uma aula de aeróbica. E com uma mistura de músicas na cabeça.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Fragilidades

Tenho dois receios em relação ao que escrevo no blog.

Por um lado, tenho receio de assustar a minha família e amigos com a ideia de que alguma coisa possa estar a correr mal; por isso, salvo alguns desabafos ocasionais, tento aqui deixar sempre as partes positivas, que naturalmente são apenas uma parte da história.
O segundo receio, que se tem tornado cada vez mais forte, é o de confinar estas crónicas a um registo superficial das "coisas giras" que vão acontecendo por aqui. Porque não criei o blog para ser superficial, mas sim para ser uma janela entreaberta para o que me vai cá por dentro, e porque nem todos os dias são preenchidos com "coisas giras".
Outras pessoas já me disseram que eu não devia contar aqui demasiado. A esses só peço que confiem no meu juízo. Não vou contar coisas desnecessariamente íntimas, mas também não tenho medo que os que por aqui passam fiquem a saber o que me vai na alma, ou até uma ou outra das minhas manias estranhas mas inócuas. Os blogs são também uma maneira de aprendermos uns com os outros.

Dito isto, conto-vos o que me tem (pre)ocupado a mente nos últimos tempos.
Sempre fui muito mimado pelos meus amigos. Não é que seja o miúdo mais popular da minha rua, mas graças a Deus nunca faltou quem me convidasse para almoços, jantares e "cafés"; quem me incluisse nas idas ao cinema, nos passeios mais ou menos longos e nos serões de cavaqueira; quem me contasse em primeira mão a última cusquice e quem me ligasse a meio da noite a desabafar algum problema. Na maior parte das vezes, foi mais iniciativa dos outros do que minha. Se tenho algum mérito nisto, é apenas o de me mostrar sempre disponível e o de dar sincera atenção aos outros, creio que poucos me poderão acusar do contrário.

Acontece que a vida que eu tenho aqui não é a mesma que tinha em Portugal, nem nunca poderia ser igual. Simplesmente porque esse mundo de que eu fazia parte, e continuo a fazer, não está aqui. Quando digo que é diferente, não implica que seja pior. Tenho aqui muitas coisas que não tinha em Lisboa (amigos de outras culturas, mais animação cultural, copos de cerveja com o triplo do tamanho...), e de certeza que muitos não se importariam de estar onde eu estou.

Quando vim para Londres há 2 anos, sem conhecer quase ninguém, encarava como o maior desafio aprender a passar tempo sozinho. E até achava que não me iria ligar muito a ninguém, para não ter de passar mais tarde pela tristeza da despedida (já viram tamanho disparate?).
Felizmente enganei-me: fiz muitos amigos, diverti-me, passeei e tive boas conversas. E a decisão de cá ficar a trabalhar foi muito influenciada pela vontade de prolongar mais um pouco esse espírito e adiar algumas despedidas.

A vida nova trouxe novos desafios: uma casa para cuidar, a convivência constante com o Eduardo e a Nayan, mais dinheiro no bolso, um trabalho que no geral me realiza, e agora a companhia do Artur. Mas nalgumas coisas tive algum azar: não tinha feito amigos na minha turma da faculdade, e a maioria dos amigos da residência voltou aos seus países; os colegas do trabalho são simpáticos, mas nada a minha onda; estranhamente (ou será falta de atenção?) ainda não encontrei por aqui nenhuma miúda que me entusiasmasse.
Por esta razão, não têm abundado os tais convites com que toda a vida fui mimado. Na minha cabeça, atiro as culpas para os que me estão mais próximos e fico invejoso dos amigos que mantiveram da faculdade ou dos que fizeram no trabalho. Mas claro que eles são livres de terem os seus programas e não quererem misturar, e eu tenho de o aceitar. "Quem quer a bolota, trepa", por isso tenho de ser eu a tomar a iniciativa, e um exemplo disso é o concerto a que hoje vamos. Também não me faria mal ir, pela primeira vez na vida, deliberadamente à procura de amigos (juntar-me a um grupo, por exemplo), e por certo o farei, porque sinto que me faz falta socializar.

Mas a questão central, que demorei a vislumbrar, é mais profunda que isto. Porque terei eu de depender tanto dos outros para estar mais ou menos feliz? Porque não aproveito o tempo que me sobra para desenvolver os meus talentos e os meus interesses: para ler, para escrever, tocar música, política, religião, sociologia, psicologia, cinema... Tantas coisas em Londres para aproveitar em todos esses campos, e eu fechado em casa a lamentar que ninguém me liga! E ao cultivar-me, fico mais independente, torno-me mais interessante para os outros e provavelmente até conheço mais pessoas.
Agora que o percebo - e para perceber melhor tive de o escrever -, sinto-me um bocado idiota! Mas cheio de vontade de mudar!
No regresso das férias, espero começar uma nova fase. Melhor ainda, quero começar hoje mesmo! Não quer dizer que os pensamentos vão desaparecer de um dia para ou outro, e que não volte a sentir tudo de novo. Mas terei este momento de lucidez que aqui deixo registado como referência. E se no futuro lerem por aqui mais lamentos deste género, por favor mandem-me à merda!

Ao revelar as minhas fraquezas, não o faço para incutir pena ou receber palmadinhas nas costas. A vida tem altos e baixos e de maneira nenhuma me considero infeliz. Nem minto quando aqui relato com entusiasmo a minha vida em Londres - isto é mesmo giro!
Mas faz-me bem admitir as fraquezas para andar para a frente. E rezo para que essas fraquezas sejam habitadas pela força de Cristo, para poder dizer, como São Paulo, que quando sou fraco, então é que sou forte (2 Cor 12, 10).

terça-feira, 20 de junho de 2006

Contagem decrescente

Longe vão os tempos em quem eu me queixava da monotonia. Ainda a recuperar da festa, olho com entusiasmo para a lista de coisas que se seguem:
- amanhã ficamos a saber com quem vamos jogar domingo, se Argentina ou Holanda;
- amanhã vou ao concerto da Ivete Sangalo;
- na terça chega a mãe da Nayan (vocês sabem como eu gosto de conhecer o "contexto" dos amigos);
- na outra quarta estou a voar para NY, onde reencontrarei a Ana;
- na outra quinta estou a chegar à Colômbia, onde nos espera um programa de turismo e festas nunca antes visto.
Pelo meio, tenho de terminar várias tarefas no emprego antes de me ir embora, tenho uns encontros marcados com outros amigos, tenho de comprar umas coisas para a viagem e tenho de acompanhar o início do "mata-mata" no Mundial. E aproveitar ao máxmo a good mood que anda lá por casa!
Já estou a trabalhar sem férias desde o Natal. Nunca o tinha feito por tanto tempo! E reconheço que se pode tornar monótono, sobretudo porque gosto do trabalho mas já estou cansado desta zona feia da cidade. Nada que um bom banho no Mar das Caraíbas e muita cumbia não resolvam...

domingo, 18 de junho de 2006

Festa de arromba

Mais do que tudo o resto, são as pessoas que fazem as festas.
Podemos passar horas a escolher as melhores músicas mas isso não implica que as pessoas as vão dançar. Podemos esforçar-nos por pôr a casa a brilhar e ninguém reparar. Podemos carregar quilos de compras do supermercado para tudo ser comido e bebido sem olhar a quê. Isto são coisas secundárias.
Mas conseguir juntar mais de 50 pessoas numa casa pequena e no final todos - creio eu - sairem satisfeitos, isso deve-se a quem veio.
+ À amiga que veio do sul do país para ver a bola e ficou para a festa.
+ À amiga da amiga que estava de visita a Londres e, mesmo sem me conhecer bem (tirando do blog!), teve a feliz ideia de aparecer.
+ À amiga que trouxe línguas de gato e vinho português.
+ Aos amigos de Passfield que, um ano depois de deixarmos a saudosa residência, se continuam a juntar nestas ocasiões.
+ À colega sui generis, que veio com o namorado lá de trás do sol posto e trouxe para participar nas "multas" uma garrafa já meio esvaziada, e que bom que vieram!
+ Aos amigos colombianos, que chegaram tarde mas cheios de energia, como sempre.
+ Ao amigo espanhol, que chegou ainda mais tarde e ficou a fazer de DJ quando já todos "estavam por tudo".
+ Aos amigos dos Eduardo e da Nayan, com quem fui tendo agradáveis conversas, depois de me conseguir reparar dos danos provocados pela guerra Latino vs Bollywood na pista de dança.
+ ...
= Mais uma festa de arromba na nossa humilde casinha. Venham mais!
Ana Sofia, Joana e Sofia
Tais, Louise e Stuart Nayan e eu
Alexi e Michel
Ezequiel, Eduardo e Jean-Pierre

sexta-feira, 16 de junho de 2006

É já amanhã!

Considerem-se todos convidados... :)

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Arraial

Já nem preciso dizer-vos para onde vai o dinheiro... Resta apenas convidar-vos a dar uma saltada ao arraial do Corpo de Deus, esta noite no Largo do Carmo.

terça-feira, 13 de junho de 2006

Serão

Cheguei a casa quase às oito da noite, depois de um dia de muito calor e quase 2 horas de atraso no comboio. Na cozinha, a Nayan discutia com o Artur a importância da religião: se era coisa de Deus ou invenção dos homens, qual era o maior objectivo na vida de um cristão, o que significa ser santo...
Sentámo-nos a jantar uma espécie de burritos vegetarianos que a Nayan tinha feito, com Coca-Cola (light!) de cereja. Pelo canto do olho íamos espreitando mais um jogo do Mundial. E tudo isto em plena luz do dia, porque aqui só está a escurecer pelas dez.
O calor que a noite não acalmara convidava a sair de casa: "Vamos dar uma volta?", perguntou o Artur. E fomos, atravessando sem rumo bairros residenciais, porque o caminho não era o importante. Vagueámos pelos planos (ou falta deles) de um e doutro, e abordámos pela milésima vez a complexidade da mente humana e a diversidade das personalidades. Em tempos um amigo perguntou se ainda nos sobravam assuntos, e a resposta afirmativa de então continua válida.
Não foi preciso fazer um programa muito divertido nem ir tarde para a cama. Mas foi o suficiente para me deitar bem disposto.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Soube a pouco

Podiam ter sido mais, mas acabou por ser só 1-0. O importante foi levar os 3 pontos e ficar bem mais próximo dos oitavos de final. Nem vale a pena criticar muito no primeiro jogo, ainda há muito para ver e - esperemos - muitas vitórias para festejar.
Assisti ao jogo com o Artur e outra portuguesa num pub do centro de Londres. Preferi evitar os cafés "luso-chungas" aqui ao pé de casa, mas acabou por não ter muita emoção ver num sítio completamente neutro, num pacato fim de tarde de domingo.

Para a semana tenho de compor melhor o "cenário", e aqui deixo o desafio a todos os portugueses que estejam aqui por Londres para se juntarem no bar Belushi (48-50 Camden High Street) para assistir ao Portugal-Irão. Antes do jogo podem sempre passar num dos cafés portugueses mesmo ao lado, para comer um pastel de nata.

A propósito de cafés portugueses, em resposta à Matilde, os melhores bares para ver os jogos em Stockwell são:
- Bar Estrela (111-115 South Lambeth Road)
- Vasco da Gama Pub (152 Old South Lambeth Road)
- Madeira Cafe (130 Stockwell Road)
Os tais cafés de Camden ficam na Plender Street: o Don Teodoro e o Cantinho da Linda. A frequência não é a melhor, mas as febras e os tremoços do Don Teodoro compensam.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Ainda o futebol

Para quem ainda no saiba onde assistir aos jogos de Portugal, que tal ver o jogo num palácio do Rossio? Tem ainda outra vantagem: depois do jogo, o palco dos festejos é logo ali a dois passos!
Vai ter comes e bebes, cujos lucros servirão para mandar alguns voluntários do MSV para trabalhar numa cidade pobre do interior do Brasil.
Se fosse a vocês, aparecia por lá!

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Sorteio

Aqui no trabalho está a decorrer um sorteio à volta do Mundial. Puseram 32 papelinhos, cada um com o nome de um país, numa caixa. Cada pessoa pode tirar um, pela módica quantia de £1. No final do campeonato, o que tiver escolhido o campeão fica com o dinheiro todo.
A nossa sala foi a primeira por onde a caixa passou e, apesar de eu ser o único aqui a ligar ao futebol, todos quiseram tirar um papelinho. Saíram-lhe grandes potências do futebol mundial, como a Arábia Saudita, o Gana e o Japão. Eu fiquei com a Ucrânia - menos mal, mas ainda assim...
Já houve quem tirasse a Argentina e a Holanda, mas ainda falta o Brasil, a Inglaterra, a Alemanha e a Itália. O Chief Executive conseguiu a proeza de ficar com Portugal. Eu perguntei-lhe se podia trazer outra bandeira para pôr no escritório dele. E como £32 não lhe devem fazer grande diferença, espero que mos ofereça quando os ganhar daqui a 1 mês.

Inacreditável

Para que não pensem que isto aqui é sempre cinzento e chuvoso, vejam a previsão para os dias que se avizinham. O tempo ideal para acompanhar os primeiros jogos do Mundial com uma jola na mão e apanhar uns banhos de sol nos intervalos.
Mas esta coisa de ter sol e temperaturas na casa dos vintes (!) tantos dias seguidos é estranha sobretudo para os autóctones. A prová-lo, o senhor que hoje apresentava a previsão do tempo na BBC soltou um sonoro: Can you believe it??

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Roque in real

Os portugueses Luís Figo e Cristiano Ronaldo figuram na lista dos cinco jogadores mais bonitos do Mundial de futebol Alemanha2006, segundo uma sondagem do diário alemão Die Welt.
O «top 5» é liderado pelo paraguaio Roque Santa Cruz, com Luís Figo a ocupar a terceira posição, atrás do espanhol Raul, enquanto Cristiano Ronaldo surge na quarta posição.
Roque Santa Cruz, jogador do Bayern de Munique, é considerado um «sex symbol» na Alemanha.

Quando li esta notícia lembrei-me de um episódio que se passou há 3 anos nas ruas de Salzburgo. Estava a passar uma semana em Viena com um grupo de amigos, e nesse dia tínhamos alugado um carro para ir até à cidade da Música no Coração.
No meio do passeio, o João olha para um homem alto, com ar de modelo, que por ali andava às compras, e diz-lhe bem alto: "Tu não és o Roque Santa Cruz?" E era.
Num ápice, o João e a Catarina puseram-se a jeito para tirar uma fotografia com o Roque e a amiga que estava com ele bufava de enfado. E eu perdi essa ocasião para ficar com um souvenir. Na altura, o nome dizia-me alguma coisa, mas olhando para a cara dele não o conhecia de lado nenhum.


O Figo parece ser simpático e é natural do meu concelho de Almada, mas nunca o vi mais perto do que da bancada para o campo.
Também nunca encontrei o Cristiano Ronaldo. Mas tive melhor sorte, não concordam?

terça-feira, 6 de junho de 2006

Força Portugal!

Aqui está a minha secretária do trabalho, devidamente ornamentada para o Mundial! Claro está que toda a gente que aqui passa faz um comentário, e nem era outro o meu objectivo... Eu fui dos que durante o Euro aderiram à euforia das cores nacionais, mas acreditem que fazer isto no estrangeiro tem outro peso!
No placard tenho o calendário com todos os jogos, para não me perder. O chato é que no meu piso ninguém liga ao futebol (nem parecem ingleses!), por isso vou ter de descer as escadas para comentar os desenvolvimentos do campeonato.
Os primeiros 2 jogos de Portugal são ao fim-de-semana: no próximo domingo (Portugal-Angola) queria ir a Stockwell, o bairro dos portugueses, e no sábado seguinte (Portugal-Irão) devo ficar por um pub mais perto de casa, porque nesse dia vamos dar uma mega-festa. Se não conseguirmos ganhar estes dois jogos vou ter de arranjar maneira de não trabalhar no dia 21, quarta-feira à tarde, para poder ver o Portugal-México.
Depois, os oitavos-de-final calham novamente no fim-de-semana (24 ou 25), e é o último jogo que vejo em terras de Sua Majestade. Nos quartos-de-final (30 Junho ou 1 Julho) estarei em Medellin, a meia-final (4 ou 5) será em Cartagena e a final (9) em Bogotá. E esperemos que Portugal esteja em todos estes jogos! Eu acredito!
Nas ruas vêem-se alguns carros com as bandeiras nos vidros. Inglaterra, Brasil e Gana (!) são as mais frequentes, mas também já vi duas verde-rubras com a esfera armilar! E nas janelas das casas também há algumas bandeiras de São Jorge (England), mas não tantas como devem estar nesta altura em Portugal. Contristado, tive de me controlar para não pôr a minha bandeira à janela - não quero que me venham partir a casa quando eliminarmos a Inglaterra...
A ansiedade cresce: já só faltam 3 dias!

domingo, 4 de junho de 2006

Assim, sim!

O sol chegou finalmente a Londres. Resultado: roupa reduzida e muita gente a fazer picnics nos parques.
Foi também o primeiro fim-de-semana com o Artur cá. Que foi a três, porque a Nayan não estava.
Sábado de manhã fomos os dois ao Ikea comprar um colchão. À tarde, fomos até Primrose Hill, de onde se tem uma das melhores vistas sobre a cidade, e estive durante um bom bocado a apanhar banhos de sol. À noite fomos com o Eduardo jantar a Brick Lane, uma zona onde há vários restaurantes bangladeshis.
Hoje passámos boa parte do dia num festival que havia no Regent´s Park: barraquinhas de comes e bebes, música ao vivo e stands a publicitar iniciativas ecológicas e estilos de vida "orgânicos". Mais giro ainda porque pude estar a brincar com uma bebé de 1 ano, filha do chefe do Eduardo.
E fizemos serão, sentados à mesa, a discutir animadamente política e religião.
A vida em Londres entrou num novo ritmo!

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Junho

É tempo de...
- começar a ir almoçar para o parque;
- pôr a bandeira de Portugal na minha secretária e contar os dias que faltam para começar o Mundial;
- voltar a sair de calções e havaianas;
- contar as semanas que faltam para a Colômbia;
- fazer uma mega-festa em nossa casa;
- puxar mais pelos abdominais no ginásio;
- contar os meses que faltam para as 2 semanas de praia na Caparica City;
- começar a comer mais saladas;
- fazer churrascos e apanhar os primeiros banhos de sol no jardim;
- alegrar-me sempre que o termómetro passar dos 20C, como nos próximos dias.

E no meio disto tudo, fazer alguma coisa no trabalho, ou pelo menos disfarçar bem...

quinta-feira, 1 de junho de 2006

A criança do momento

Tem 3 dias de idade e, apesar de pequenino em tamanho, é muito grande no coração dos pais, avós e tios. Incluindo os tios por amizade, qual de nós o mais babado.
Muitos parabéns ao Pedro e à Isabel! E viva o Pedrinho! Que é também o oitavo trineto do meu avô...

Criança dos 80s

Se brincaste com "Playmobis" (nunca soube como dizer no plural!) ou Barriguitas, se jogaste ao Pulga na Cama e ao Tragabolas, antes de te viciares no ZX Spectrum.

Se vibraste com as aventuras do Dartacão e do Dartagnan (e também ficaste chocado com a revelação de que o Aramis era mulher!), quiseste morar na Floresta Verde ou no Sítio do Picapau Amarelo (mas sem a Cuca!), aprendeste o corpo humano com o Era Uma Vez a Vida (la vie, la vie...), assobiaste o genérico do Verão Azul, detestaste o Vitinho por te mandar para a cama, sonhaste ser forte como o He-Man ou a She-ra (ou a Super Avozinha!), e livre como o Tom Sawyer.
Se aprendeste a conduzir com o Justiceiro, a disparar com o Bonanza, a fazer engenhocas com o MacGyver, a rir com O Tal Canal, a dançar com o Fame e a cantar com o Avô Cantigas. Se querias sempre entrar no carro pelo vidro, como os Três Duques.
Se gostavas da Rua Sésamo, mas ainda assim conseguiste resistir a dizer "i grego" e "duplo vê".
Se passavas as manhãs de fim-de-semana com o Lecas e as tardes de semana com a Vera Roquette no Agora Escolha (Lisboa: 778214, 778337 e 778289; Porto: 7110908 e 7110977 - believe it or not, ainda me lembro!).
Se ouvias os Ministars e os Queijinhos Frescos, embora na escola só admitisses gostar dos Queen e do Rui Veloso.
Se comeste Cerelac, iogurtes Longa-Vida (quadrados, sabor banana), Belinhas e Bombokas.
Se bebeste Capri-Sonne, leite com Cola Cao e Bongos. Se até chegaste a acreditar nos glutões do Presto.
Se sorriste ao ler estes parágrafos, de certeza que és uma criança do meu tempo!
Espreita aqui e passa um óptimo Dia da Criança!