quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Estados de alma

A vida é mesmo assim, com altos e baixos. E eu não sou diferente, claro. Apesar de ter fama de bem disposto e de nunca me chatear com ninguém, também tenho direito a algumas fases mais introvertidas.
Depois de um primeiro período cheio de novidades, agora é tempo de rotina e de trabalho. Claro que os amigos daqui se mantêm, mas todos estamos agora mais ocupados e guardamos o convívio mais para a mesa de jantar e para o fim-de-semana. Por outro lado, tenho estado um bocado preguiçoso nos contactos com Portugal, não por não ter saudades, apenas por acomodação. Fico muito contente quando recebo uma mensagem ou mail, mas não tenho tomado a iniciativa... mea culpa!
Além disto, nalgumas aulas sinto-me um bocado perdido. Sempre fui bom aluno, graças a Deus, mas aqui, por muito que leia, sinto sempre que sou o "elo mais fraco" da turma. Quero dizer, acho que quando chegar a altura dos exames me vou sair razoavelmente bem, mas nunca sei como participar nas aulas... e não é por causa da língua, talvez alguma timidez, mas sobretudo falta de conhecimentos (o que é natural, para quem nunca estudou isto antes).
Bem, estava eu neste muro de lamentações, quando recebi uma mensagem do Zé Maria, a queixar-se da minha falta de notícias. Respondi prontamente, contente por ele se ter lembrado. Depois fui ver os mails e tinha um mail da Rita, que está em Montes Claros; além do testemunho que aqui transcrevi, deu-me a notícia que um dos rapazes de lá, com quem nos dávamos muito bem, passou finalmente no exame de acesso à universidade. Claro que fiquei muito feliz com isso, e foi também para mim um estímulo para estudar com mais ânimo (se eu nem sequer tenho as dificuldades que o "Pipoca" teve, só tenho é que andar para a frente!). Depois, em conversa com o Pedro sobre o peso da rotina, ele encorajou-me (sabiamente) a procurar em Cristo a novidade em cada dia; resultado: fui à missa antes de jantar!
Em suma, como já muitos amigos me disseram, não tenho razões nenhumas para complicar a vida, inventar dramas onde não existem. E agora, que começo uma maratona noturna para acabar duas apresentações que vou fazer amanhã, sinto-me muito mais motivado!

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