Orgulho
Quando vinha a sair do Royal Albert Hall, ainda a cantarolar as músicas que ressoavam na minha cabeça, o sentimento que me invadia era o orgulho nos artistas portugueses. Sempre gostei de música portuguesa e fico contente por ver esse talento reconhecido fora de portas. E mais contente ainda por os portugueses começarem também a valorizar o que é seu.
Que a Mariza tem uma voz fabulosa, capaz de encher uma sala tão grande quando no encore cantou sem microfone, já não é surpresa. Aliás, o alinhamento deste concerto foi praticamente o mesmo do que assisti no ano passado no Barbican. Ainda assim, a sua presença em palco, a maneira como dança e como sente (e nos faz sentir!), são sempre de admirar. Mas o que me deixou mesmo de coração cheio foi a celebração da 'lusofonia', com os vários convidados que ela trouxe.
Primeiro entrou Carlos do Carmo - eu nunca o tinha visto actuar, mas fiquei surpreendido pela maneira como ele conquistou o público e pôs todos, portugueses e estrangeiros, a cantar o refrão de "Lisboa menina e moça":
Lisboa menina e moça, MENINA
Da luz que os meus olhos vêem, TÃO PURA
Teus seios são as colinas, VARINA
Pregão que me traz à porta, TERNURA
Cidade a ponto cruz, BORDADA
Toalha à beira mar, ESTENDIDA
Lisboa, menina e moça, AMADA
Cidade, mulher da minha vida.
Da luz que os meus olhos vêem, TÃO PURA
Teus seios são as colinas, VARINA
Pregão que me traz à porta, TERNURA
Cidade a ponto cruz, BORDADA
Toalha à beira mar, ESTENDIDA
Lisboa, menina e moça, AMADA
Cidade, mulher da minha vida.
2 comentários:
ai que pena, que pena não ter podido ir! mais pena ainda depois de ler este relato!
foi bom não foi?
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