sexta-feira, 29 de junho de 2007

Albergue latino

Não é nada de novo receber visitas, mas nestes dias a minha casa virou um albergue latino!
Primeiro chegaram os pais e a irmã da Daniela. Vieram para a entrega dos diplomas e aproveitam para a ajudar nas mudanças - é já daqui a 1 semana que ela regressa ao México. Hoje juntaram-se duas colombianas de Medellin, irmã e prima da minha amiga Natalia. Vêm estudar por uns meses, e se gostarem da casa vão-se tornar minhas flatmates. Estamos, portanto, oito pessoas numa casa para três!
O efeito mais imediato é que começo a pensar em espanhol. Nos últimos meses tenho falado quase sempre com a Daniela e o Eduardo em português, além de que agora tenho muito mais convívio com compatriotas. Mas basta conviver umas horas com gente de língua castelhana para que yo cambie mi sistema de pensamiento para el idioma de Cervantes... Un poco preocupante, no?

Eu vou!

Sempre quis ir a um destes eventos e chegou a oportunidade: vou ao Live Earth!!! É um espectáculo em várias cidades do mundo, para chamar a atenção para os problemas do ambiente, na mesma linha do que foram o Live Aid e o Live8 em relação à pobreza.
O processo era complicado - era preciso registar num site em Abril, depois esperar que um sorteio decidisse os 90.000 que receberiam um código para comprar os bilhetes. E eu na altura deixei passar. Mas esta semana fui desafiado pela Joana, e lá vamos nós (com os respectivos) no dia 7 até ao novíssimo Estádio de Wembley ouvir este fantástico elenco de artistas. Vejam só...

A piada do dia

Rebenta uma chuva torrencial lá fora, toda a gente olha pela janela e alguém grita:
- SUMMER TIME!!!

Esta semana tem chovido todos os dias, já irrita!
O que vale é que amanhã vou estar aqui:

Na próxima madrugada vôo para Faro e amanhã tenho uma festa de anos de uma amiga por aquelas bandas. Domingo tenho os anos de uma sobrinha, já em Lisboa, e regresso a Londres na segunda à noite. Vai ser perfeito para matar a fome de sol e praia, pôr as conversas em dia e dar umas apalpadelas no mercado de trabalho.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Pensão

Enquanto estava no emprego anterior, descontava todos os meses para um esquema privado de pensões, ligado ao sector da habitação social. Isto para além do desconto obrigatório para a Segurança Social do Estado.
Ontem recebi uma carta desse esquema de pensões a informar-me da minha situação. Tudo muito bem explicadinho e fácil de perceber. Com o que descontei, terei direito a uma pensão de £333 (€500) por ano, quando chegar aos 65 anos - se as regras entretanto não mudarem. Ou seja, se fosse hoje receberia €40 por mês, o que eles prevêm que corresponda a €100 por mês em 2045.
Mas tenho uma alternativa: posso pedir de volta o dinheiro que descontei (menos taxas e impostos), o que me daria agora cerca de 150 contos para poupar (ou gastar) como quisesse. Eu sei que se ainda for vivo em 2045 acabo por receber muito mais, mas por outro lado é mais apelativo ter dinheiro disponível agora e tenho sempre assegurada a pensão normal. O que fariam no meu lugar?

terça-feira, 26 de junho de 2007

Inês


A minha sobrinha Inês está de visita a Londres com o colégio. Temos horários um bocado incompatíveis, mas pude juntar-me a eles para ver o musical Mary Poppins.
Nunca tinha visto o filme inteiro, por isso só agora percebi a história da nanny voadora e da disfuncional família Banks. O pai que foi educado com rigidez e trata de igual maneira os filhos; o mesmo pai que dedica todo o seu tempo ao trabalho, até que um desaire profissional o faz repensar as prioridades; a mãe que vive na sombra do marido, sem força para impor os seus próprios sonhos; e um filho cujo maior desejo é ir lançar papagaios de papel com o pai. Podem ser clichés, mas sempre actuais.
Para mim, além de ficar a assobiar "a spoon full of sugar..." o resto da semana, o que mais me tocou no fundo foi que "anything can happen if you let", outra das músicas do espectáculo. Isto numa fase em que me ando informar de possíveis empregos em Portugal, e preciso de uma dose de confiança para me "vender" da melhor maneira às pessoas certas. Supercalifragillisticexpialidocious!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Singing in the rain

O Verão chegou, mas ninguém aqui deu por ele. Lembro-me de nos dois anos anteriores estar a torrar por esta altura - altura de exames em 2005, altura do Mundial em 2006. Mas este ano continua a chover, embora com tímidas abertas de sol durante o dia, e a temperatura desceu. A única diferença é que só anoitece às dez da noite.
Apesar disso, the show must go on e não vale a pena ficar fechado em casa. Até porque a chuva é sempre fraca e nunca perdura por muito tempo. E uns pinguinhos nunca fizeram mal a ninguém!

O fim-de-semana passado foi cheio de bons momentos. Começou na sexta com um jantar a 2 num restaurante mexicano, para comemorar o bónus anual que recebi do meu trabalho anterior. No sábado havia um evento na Leicester Square, com os actores de vários musicais em exibição a representarem excertos dos espectáculos (na foto). Seguiu-se a última aula do curso de "pop piano" e um encontro com amigos portugueses, que terminou num jantar de bitoques n'O Cantinho de Portugal em Stockwell. Domingo foi dia de cinema, com a ante-estreia do Shrek the Third (é verdade, às vezes os filmes chegam cá depois de Portugal e este só estreia na próxima semana). Mais 2 sessões de ginásio, que o próximo fim-de-semana vai ser de praia! E a missa também faz sempre parte, que a chuva espiritual é necessária para refrescar a alma.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Capa de jornal

Saí na primeira página da newsletter deste mês do meu departamento. Não é propriamente um jornal de grande tiragem, é apenas um documento que chega por email a 1000 pessoas com as notícias internas do Council. Ainda assim, tem a sua piada!
A rapariga que faz a newsletter trabalha ao meu lado, e um dia tinha-me pedido se me importava de ir à garagem tirar umas fotografias para divulgar um sítio onde os funcionários podem guardar as bicicletas. E eu, que até deixo a minha sempre na rua, presa a um ferro, não quis perder a oportunidade de dar a cara.

Não me perguntem porquê, mas gosto de aparecer! Se por um lado sou tímido e não tenho grandes dotes de oratória, por outro sempre que vejo uma câmara ou um palco gosto de saltar para o lado de lá. Há 3 anos, fui falar sobre o MSV ao Portugal no Coração, da RTP; na minha vez de falar só disse lugares-comuns, mas não parei de sorrir para as câmaras (e porque não admiti-lo, não foi mau conhecer a Merche!). Também já apresentei por 2 vezes um festival de bandas católicas (lembras-te, Ana?), num auditório com 500 pessoas. E já entrei num concurso de karaoke lá na Costa, em que os júris eram figuras como o Luís Represas, o Paulo Gonzo e a Lúcia Moniz. Enfim, cada um tem as suas vaidades e eu gosto da minha dose de holofotes. Mas nada me é tão embaraçoso como ir falar do MSV nas missas, quando andamos a vender as T-shirts - e de certeza que alguns dos ilustres leitores estarão de acordo comigo.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Uma casa portuguesa

Quando comecei a namorar com a Maria, além das muitas alegrias intrínsecas à relação, tive o agradável bónus de ganhar acesso frequente a uma casa onde me sinto... em casa! A Maria vive com o irmão, a cunhada e a irmã da cunhada. E a estrela da casa, o sobrinho Francisco, de um ano e pouco - um bebé sempre sorridente, muito desenvolvido para a idade na linguagem e nas brincadeiras. É uma casa onde há cantorias e guitarradas, televisão portuguesa, sopa e cozinhados da empregada também portuguesa, bolos espectaculares da cunhada. Um lugar onde me sinto acolhido. Faz-me bem!
E já que se fala de casas, os meus flatmates vão sair em breve. A Daniela volta para o México a 6 de Julho e o Eduardo vai viver com a namorada também nesse mês. Não faltam os candidatos para entrar, o mais provável é ser alguém de Portugal ou da Colômbia, mas ainda nada está decidido. Será mais uma nova fase, só não sei até quando...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Let down

Let down - to disappoint someone, usually by not doing something; fail to keep an arrangement

Em português moderno é qualquer coisa como "ficar agarrado". Lembram-se da tal viagem Ryanair a Dublin por £0.02? Era amanhã, mas a equipa toda acabou de se "cortar" e eu fiquei fulo. Dos oito iniciais só fiquei eu! Eu, que até já estive em Dublin e não achei nada de especial, e só ia mesmo pela oportunidade de entrosar com a turminha...
É certo que com tão pouco prejuízo material é fácil a pessoa perder o interesse, mas irritam-me os motivos deles: uns porque não tinham boleia para o aeroporto (há autocarros e comboios de 15 em 15 minutos), outros porque agora repararam que chegávamos a Londres muito tarde (10h30 da noite, que loucura!), outros porque descobriram que têm muito trabalho.
Sinceramente, por um lado estou-me a borrifar para Dublin, e não ir amanhã até tem uma vantagem - posso prolongar a próxima estadia em Lisboa, daqui a 2 semanas, por mais um dia. E também já percebi nos últimos tempos que daqui também não levo muitos amigos. Mas o que me chateia mesmo é que as pessoas mudem de ideias em cima da hora, sobretudo em relação a coisas planeadas há muito, e neste caso planeado (por eles) até à exaustão, até ao momento em que descobriram que afinal é uma maçada... Eu tinha achado no início que isto de fazer uma viagem de 1 dia, sair cedo e voltar "tarde", num dia de semana, era muito arrojado para um grupo de ingleses, e pelos vistos não me enganei. Detesto ficar agarrado!
Noutro plano, bem mais importante, tinha uma proposta muito tentadora para trabalhar num projecto em Portugal já em Setembro e acabei de saber que ficar agarrado também. Neste caso, a pessoa que me tinha falado fez todos os possíveis por me contratar mas parece que não vai mesmo dar. E, como sempre, na minha cabeça já tinha a vida toda planeada para os últimos 2 meses em Londres e os próximos 2 anos em Portugal. Quando vou aprender a não criar expectativas?
Já agora, se alguém souber de um trabalho em Portugal na área social, diga-me por favor!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Neal's Yard


Podia aqui escrever sobre o pitoresco que é este recanto de Londres, mas prefiro concentrar-me na companhia. A Marcela e a Alejandra são as irmãs da Catalina, a minha amiga colombiana a que fui ao casamento no Verão passado. A Marcela é da minha idade e terminou agora os exames do Master na LSE. A Ale tem 18 anos, vive em Miami e veio até cá visitar a irmã. Dois bons motivos para nos encontrarmos para um copo ao fim da tarde.

O encontro com a Catalina (e marido) está marcado para o fim de ano, algures entre Buenos Aires e o Rio. Mas como podem notar pelo sorriso, a família não fica atrás em simpatia! E continuará a ser, nos próximos meses, uma boa companhia por estas bandas.

Do Porto para Londres

"É a típica fotografia para pôr no teu blog", dizia-me a Isabel quando tirávamos esta, à mesa. E aqui está, como não podia deixar de ser. Poucos dias depois de eu ter estado no Porto, o Pedro e a Isabel retribuiram a visita, e vieram com o Pedrinho, claro está - o primeiro bebé a ficar lá em casa!
Como eles estavam um pouco mais presos de movimentos por causa dos horários do bebé, acabámos por fazer programas mais caseiros. O nosso primeiro jantar, em dia de Santo António, teve sardinhas (de lata) e pimentos assados (uma delícia a repetir). E aproveitei a companhia para desregular a dieta com muitas sobremesas, crepes, pizzas e cerveja. Tudo polvilhado aqui e ali com um profícuo debate de ideias.
Também conheceram a Maria e o seu sobrinho Francisco, que é ligeiramente mais velho que o Pedrinho. Houve ainda tempo para um jantar brasileiro no meu restaurante preferido e para uma valente molha quando um dilúvio desabou sobre Hampstead Heath.
Sabe sempre bem estar em família e ver, não sem algum espanto, como os percursos de cada um vão evoluindo. No caso deles, a "evolução" mais visível já vai dar o segundo fruto daqui a uns meses! No meu caso, a "evolução" a esses níveis ainda está para um futuro distante, mas já vejo como evolução estar em Londres e ter uma casa para os poder receber. Cada um tem o seu ritmo, não é?
Aqui fica então uma foto de família para a posteridade.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Londres no seu melhor - 2. Free events

Esta é outra das coisas que ainda me consegue surpreender nesta cidade: todos os fins-de-semana, sobretudo nesta época de Verão, há festivais, concertos e performances grátis. Sejam os anos do Shakespeare, o Ano Novo chinês ou a abertura ao público de edifícios emblemáticos. A melhor maneira de estar a par de tudo é ir espreitando a Time Out.
No sábado passado festejou-se a reabertura de um teatro depois de obras. O Royal Festival Hall, mesmo junto ao rio. Houve actuações de coros, dançarinos, projecções, actividades para crianças, de tudo um pouco.
Mas o ponto alto foi à noite, com a Silent Disco a acontecer numa grande varanda ao ar livre. Neste evento peculiar, mil pessoas dançavam sem qualquer som exterior. Isto porque à entrada cada um recebia uns headphones e todos estavam sintonizados nas escolhas de um DJ holandês, que também falava de vez em quando. Desde Beatles a samba, tudo passou por ali; no vídeo acima dançava-se uma música folk irlandesa. E quando havia letras mais conhecidas, era giro tirar os auscultadores e ouvir toda a gente a cantar!
Quem for este ano ao festival Sudoeste não perca este evento!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Londres no seu melhor - 1. Dia de Portugal

O melhor de Londres é a sua diversidade. Não é só o facto de haver muitos estrangeiros. É a capacidade de transformar vários espaços da cidade no cantinho de cada país. E ontem, no Kennington Park, estávamos em Portugal!
Esperavam-se 30 mil pessoas, não faço ideia se estavam ou não. Mas certamente éramos muitos, trajados a rigor e com um batalhão de crianças. À volta de um relvado montaram 10 tendas de comes e bebes, cada uma explorada por uma colectividade local. No centro, um palco por onde foram passando vários artistas.
Nesse palco, o dia começou com uma missa. Não deixa de ser estranho estar numa missa ao ar livre num parque de Londres, mas ao mesmo é motivo de alegria celebrar a Fé com os meus compatriotas. E foi a minha primeira missa com cheiro a sardinhas!
Veio um bispo de Braga para a ocasião, mas a "estrela" foi o capelão da comunidade portuguesa em Londres, um padre velhote que gosta muito de cantar e de "dizer coisas". E até tivemos direito a uma versão coreografada do hit Põe tua mão na mão do meu Senhor...
Para matar a fome e as saudades não faltavam opções: frangos, sardinhas, chouriço, entrecosto, salgados e bolos. E não menos importante, o vinho verde e a cerveja Sagres.
Entretanto o sol brilhava no céu azul e a temperatura chegava aos 25ºC, de maneira que não era difícil distrairmo-nos e por momentos pensarmos que estávamos realmente em Portugal!

As minhas companheiras do dia, a Maria e a Fátima, não se fizeram de rogadas no que toca a provar as delícias gastronómicas da nossa terra.

No palco, houve lugar para tudo: danças regionais da Madeira, muito fado e música pimba, quase sempre por artistas locais. Um dos momentos altos foi a actuação da Saltitona (!), uma rapariga que cantava uma mistura de músicas conhecidas, dos D'zrt ao Atirei o Pau ao Gato, para o público mais novo.

A única vedeta vinda de Portugal, cabeça de cartaz, era o Fernando Correia Marques, autor de grandes sucessos como o Burrito e o Carocha do Amor. Infelizmente, quando chegou a vez dele já estavam a bater as sete da tarde, hora prevista para terminar a festa. Como os ingleses não dão abébias, acabou por só cantar uma música (Quero casar em Portugal, nos Açores ou na Madeira, quero casar em Portugal, ser feliz a vida inteira...).


E depois de encerrada a festa com o hino nacional, lá voltámos para casa com a alma cheia da mais profunda cultura lusitana.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

A pedido de muitas famílias...

Primeiro pensei não escrever aqui nada mais explícito, apenas porque ambos temos opiniões diferentes sobre o escarrapachar da vida pessoal na internet. Mas tive esperança que os mais atentos topassem que a repetição frequente do nome Maria neste blog não era por acaso. Entretanto, os que já sabiam dos factos foram pressionando para que colocasse aqui uma fotografia, por isso eis a apresentação oficial do casalinho do momento:
A menina é a Maria, alfacinha mas com espírito viajante; estuda Enfermagem e tudo indica que vá ficar em Londres mais 2 anos. O menino vocês já conhecem, está radiante por ter encontrado tão boa companhia e tem um feeling que as coisas têm tudo para dar certo. Os dois têm aproveitado da melhor forma o início do namoro (já lá vai 1 mês e picos), com muitos passeios de bicicleta, jantares, baby-sitting, concertos, cinemas, pints e uns passos de dança. Conversa e carinho são a chave do sucesso, n'est ce pas?
Os amigos de Portugal vão ter de esperar por Agosto para nos encontrar (aos dois) por essas bandas. Já os de Londres, podem juntar-se a nós no próximo domingo para as comemorações do Dia de Portugal (vejam pormenores na barra lateral).
Agora venham de lá esses parabéns... :p
PS: era minha intenção mas esqueci-me referir, na primeira versão, que conheci a Maria através do Diogo (são amigos desde o 7º ano). Eu estava nas festas da Moita e o Diogo foi lá ter com a Maria e, com a sua habitual subtileza, apresentou-nos: "Tiago, é a Maria, tua futura mulher." Aqui fica o justo reconhecimento. :)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

A pressão dos elementos


Não quero ser demasiado piegas ou queixoso. Escolhi ficar mais um tempo em Londres e o último mês foi um dos melhores que aqui passei. Mas também vão sendo muitos os sinais de que é chegado o tempo de voltar. Este fim-de-semana foi a vez dos elementos falarem.

Ao aterrar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro no sábado, o meu olfacto pouco apurado foi tomado por um cheiro a terra, como uma força que só no Norte encontro. Apesar do bom tempo, junto à praia de Vila do Conde o vento não parava de soprar - a mesma nortada que sopra em toda a nossa costa ocidental. Não tive coragem de ir ao banho mas não deixei de ir molhar os pés na água do Atlântico, sempre fria mas com o dom de refrescar também por dentro. No último dia, o calor do sol caiu como fogo, e foi com este céu alaranjado de fim de tarde que me despedi de Portugal.

As crianças da minha geração, que viam os desenhos animados do Capitão Planeta, hão-de lembrar-se de um quinto elemento: coração. E esse, na verdade, nunca despiu a camisola das quinas, apesar de um novo factor o deixar um pouco dividido. Mas fica para a próxima crónica...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Pedrinho

Passei o fim-de-semana no Porto, ou melhor dizendo em Vila do Conde, a pretexto do primeiro aniversário deste rebento, que é simultaneamente meu afilhado, filho do meu melhor amigo e meu primo em terceiro grau (portanto, neto de uma prima direita). Para os que estão fora do contexto, explico que o meu amigo Pedro é casado com a minha prima Isabel.
Ora, nas festas do Pedrinho juntam-se três gupos diferentes: o núcleo mais próximo dos amigos da Costa, a família do Pedro (que durante os anos da adolescência nos recebia todos os verões para as festas da aldeia) e os meus tios e primos (que ultimamente tenho conhecido muito melhor). Ou seja, é um ambiente onde tenho muita confiança com todos. E os encontros prometem tornar-se mais frequentes, dado que vem um segundo bebé a caminho para o final do ano!
Nos últimos 2 dias, fiquei sozinho com o casal e o bebé na mesma casa onde fico sempre com os meus Pais, quando vamos ao Norte. Andámos a passear com o Pedrinho e demos-lhe muitos mimos. O único problema é que agora não consigo tirar da cabeça a música do Ruca!
À margem da puericultura, é de assinalar a minha primeira tarde de praia do ano e mais umas francesinhas para o pneu.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Post 500!

A aventura começou a 28 de Setembro de 2004 noutra casa. A aventura de Londres e a da escrita. Era a primeira vez a viver fora de casa dos Pais, por minha conta, e aproveitava também a ocasião para lançar umas postas de pescada neste blogue. Entretanto, a estadia por estas terras prolongou-se mais do que eu esperava e o número de visitas ao blogue também me surpreendeu.

Hoje chego ao post número 500, na mesma semana que ultrapassei as 50.000 visitas (contabilizadas aqui só a partir de Julho de 2005). Muitos são amigos e família, outros chegam cá saltando de blog em blog, e outros vêm aqui parar por mero acaso através do Google. Em dia de comemoração, deixo o desafio para quem quiser "dar a cara" na caixa de comentários, só para eu saber quem passa por aqui. E obrigado a todos por continuarem a aparecer!

E para cativar novos leitores, há que inovar, por isso anuncio novas rubricas para arrancar nas próximas semanas:

- Londres no seu melhor - um conjunto de dicas para quem cá vive ou vem de passeio, sobre lugares menos comuns a visitar, e também restaurantes ou bares.
- Diz Léxico - brincadeiras à volta do português, que como todos sabem é muito traiçoeiro...
- Malmequer, Bem-me-quer - dizer muito bem do que gosto e muito mal do que não gosto.
- Oh my God - pequenas reflexões sobre a Fé, ou como outros lhe chamam, beatices!

E no primeiro dia da época balnear (e Dia da Criança!) nada melhor que dar ao blog umas cores de Verão!