segunda-feira, 16 de maio de 2005

Admirável mundo novo



Paro o estudo sobre o efeito das mudanças demográficas (maior esperança de vida, menos nascimentos) no financiamento da segurança social, para fazer uma rápida revista de imprensa.
Um jornal inglês revela que em 2003 fizeram-se 181 582 abortos em Inglaterra e Gales, um valor 3,2% superior ao do ano anterior e 15% superior a 1993. Para quem acha que a liberalização não aumenta o número de abortos, está aqui a resposta.
Um terço dos abortos refere-se a mulheres que já fizeram um aborto anteriormente, e cada vez mais mulheres o fazem por razões de "lifestyle". Não estamos, portanto, a falar de situações de grave carência económica, mas de alturas em que não dá jeito ter um filho.
Apenas 1% dos abortos se deveram a problemas do feto, e é cada vez mais difícil encontrar situações clínicas em que a gravidez ponha em causa a saúde física da mãe.
A Inglaterra é o país europeu com um prazo mais alargado para o aborto legal. A lei britânica permite o aborto até às 24 semanas (quando o bebé tem a figura que se pode ver na fotografia acima), bastando que 2 médicos digam que a gravidez representa uma ameaça para a saúde física e mental da mulher "maior do que se a gravidez for levada até ao fim". No mundo ocidental, a única lei mais permissiva é a dos Estados Unidos, que deixa ao critério de cada Estado o limite legal para o aborto a pedido, entre um mínimo de 26 semanas e um máximo de 9 meses.
É por aqui que queremos ir?

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