sábado, 7 de maio de 2005

Ainda o futebol

Desde pequeno que sou um fervoroso adepto de futebol. Ou melhor dizendo, do Sporting e da Selecção nacional, porque por outro lado não tenho paciência para assistir a um Alverca-Estrela da Amadora, nem mesmo a um Milan-Bayer Munique ou algo do género. Se forem equipas estrangeiras onde haja jogadores (ou treinador...) portugueses, ainda vá...
Adaptando a frase do saudoso João Pinto (o do Porto, não o da Marisa Cruz), o meu coração só tem uma cor: verde e branco! Esta relação já vem de longe: surgiu primeiro com o meu Avô e tios paternos, que me levavam a Alvalade desde os meus 6 anos, e continuou depois com o Vasco e o Artur, com quem vivi as alegrias de ver finalmente o Sporting campeão.
Chegado a Maio, com as competições a aproximarem-se do fim, não consigo deixar de pensar nos jogos importantes que se avizinham, sobretudo a final da Taça UEFA (quero um bilhete!!!) e o Benfica-Sporting. Eu sei que o futebol é só um jogo e que há outras coisas bem mais importantes na vida, mas o que é facto é que uma vitória como a da anteontem me deixa contente por alguns dias. E por muito irracional que possa ser, só por isso já vale a pena!
Aqui em Londres, é também uma oportunidade de conhecer a comunidade emigrante, que se reúne para ver os jogos nos vários cafés e restaurantes portugueses que tenho descoberto. E para comer um belo chouriço, ou beber uma imperial com tremoços. Coisas simples mas que sabem muito bem. Como bem me saberia que o Benfica perdesse hoje...

Ontem morreu uma figura que pertence ao imaginário de todos os portugueses que gostam de futebol: o jornalista Jorge Perestrelo. Até há muito poucos anos, não havia SportTV e muitos jogos só podiam ser acompanhados no estádio ou via rádio. E não havia narração mais inflamada que a do Perestrelo na TSF. Com expressões que trazia de África ou que ele próprio inventava, como o famoso "ripa na rapaqueca", ele era um espectáculo dentro do espectáculo. Vou ter saudades.

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