segunda-feira, 9 de maio de 2005

Avô



Se fosse vivo, o avô Armindo faria hoje 95 anos, e ao lembrá-lo quero prestar-lhe a minha sentida homenagem.
Nascido de uma família humilde de Trás-os-Montes, trabalhou muito, desde muito novo, veio a ter algum sucesso no ramo da distribuição alimentar, em Abrantes, e até ao fim dos seus dias soube gerir e poupar (certamente a pensar em nós) o que lhe custou a ganhar. Um dos frutos desse seu esforço é, em boa parte, a possibilidade de eu estar aqui em Londres.
Foi também uma pessoa preocupada com a sua terra, tendo sido presidente da Junta do Rossio ao Sul do Tejo e vereador na Câmara de Abrantes. Educado no protestantismo, tornou-se mais tarde católico e, enquanto pôde, participava na missa todos os dias. Era ainda um adepto doente do Sporting, com lugar cativo em Alvalade, tendo-me passado pelos genes essa agradável enfermidade.
Hoje recordo-o com alegria e saudade, e é com esse incentivo, do amor e orgulho que tinha nos netos, que parto para mais um dia de estudo.

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